Palestras

Princípio e Fim da ETAC

A Escola de Tarot para o autoconhecimento trabalha com o conceito junguiano de arquétipo e entende os Arcanos Maiores como o alfabeto das imagens arquetípicas que compõem a nossa psique. Todo o aluno formado na Escola de Tarot para o autoconhecimento não joga Tarot. Nada há contra quem o faça. Apenas nos especializamos na leitura para o autoconhecimento e nossa interpretação é psicológica.

Algumas pessoas não tem coragem de começar a se ver. Algumas não passam da palestra de apresentação do curso. Outras entram no processo de autoconhecimento justamente pela proposta. Outros resistem ao espelho, começam a jogar para outros se colocando atrás do espelho. Tudo isso é natural. Somos humanos e cada um age ou reage com o que lhe é digno.

O objetivo do curso oferecido pela Escola de Tarot para o autoconhecimento é conhecer a nossa dinâmica psíquica até que ao final do curso e algum tempo de prática não precisamos mais do Tarot para sabermos qual ou quais arquétipos estamos acionando ou sendo acionados a cada circunstância da vida.

Começamos a nos ler e nos interpretar. Nos transformamos no jogador que conhece o jogo da vida. E quanto mais nos adiantamos em nosso autocohecimento mais jogador e jogo se harmonizam. O jogador se transforma num dançarino e a vida, a música. A meditação, a afinação e a sinfonia é Cósmica.

Não aconselhamos usar o Tarot como um instrumento.

Aconselhamos usar o Tarot como um símbolo. Como todo o símbolo, ele contém apenas a forma do conhecimento, o conteúdo quem tem é você, assim, a verdade está nos olhos de quem lê. A verdade é pessoal e intransferível.

A cada leitor uma leitura. A cada vida uma rota. A cada rota um caminhante. A cada caminhar um ritmo. A cada ritmo uma música. A cada música uma harmonia. Em cada harmonia um conjunto. Um conjunto em um único verso, um Universo. Somos Um.

Cláudia de Luca.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A NOVA CONSCIÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE

Há tempo comentamos o fato de que nós humanos usávamos apenas 10% da capacidade do nosso cérebro para processar informações. No entanto, raras vezes inferimos o quê deveríamos fazer para usar o resto dos 90% ociosos. Será que deveríamos fazer mais contas? Gravar uma quantidade muito maior de números de telefones e endereços na memória? Como usar nem que seja 5% a mais do que já usamos?
Provavelmente, para conseguiremos responder a essa questão seja necessário redimensioná-la. Digamos que seja preciso usar nossa capacidade cerebral de um modo que não seja somente para raciocínios lógicos. Descartes fez uma reflexão muito interessante usando nossa capacidade de dar um sentido lógico à existência humana. Mas a existência humana não se esgota numa lógica de sentido. Ao contrário, os sentidos vêm e vão. E, muitas vezes, se chocam em sentido contrário com uma intensidade tal que guerras são geradas em nome da prevalência de um sentido em relação ao outro, de mesma força. Hum, física?! Sim. Sentidos lógicos são como vetores de força. As palavras que dão sentido a uma realidade são como foguetes carregados de sentido lógico que dão força de criação a uma realidade...lógica.
Mas a realidade lógica não é a única. E quando perdemos o sentido? E quando íamos bem numa relação acomodada, de namoro, casamento, emprego, vizinhança e, de repente, tudo fica diferente? Inquietude, angústia, pânico, euforia, entusiasmo, alegria invadem o sentido lógico onde tudo corria bem?
Antigamente a ciência afirmava que as únicas células humanas que não se reproduziam eram os neurônios. Nascíamos com uma determinada quantidade que só ia diminuindo ao longo do tempo. Estávamos destinados a uma certa demência senil. Hoje, a neurociência nos informa da neuroplasticidade cerebral que permite que novas conexões sinápticas sejam feitas colocando em uso neurônios que estariam destinados a morrerem à míngua não fosse algumas cargas emocionais forçando esses novos caminhos no cérebro.
E, justamente quando essas descargas emocionais empurram as conexões entre neurônios por caminhos novos e errantes é que perdemos a lógica, o velho sentido, e usamos um pouquinho mais que os velhos 10% que mantinham tudo dentro de um destino razoável para nossa vida.
Sim, são as emoções, as danadinhas responsáveis pela juventude cerebral! Adoraria falar de inumeráveis exemplos de como não percebemos o quanto as negamos e o quanto envelhecermos por isso. Seria bom encará-las em toda a sua variedade de possibilidades emocionais, desde a mais asquerosa até a mais sublime. Do amor ao ódio. Honestamente.
São as emoções que nos humanizam. De resto, há software para tudo.
E as emoções também são energia. Mas elas não correm em vetores. Elas acontecem em vórtices. Sim, vórtices e não vértices. São explodidas de sentido. Elas explodem como fogos de artifício. Em vários sentidos com a mesma força. Hum, física? Sim. Quântica.
Ao perder o sentido lógico de alguma realidade por conta de uma grande descarga emocional, boa ou ruim, o sentido é explodido e várias possibilidades se abrem à nossa frente. No entanto, como insistimos em usar somente 10% da nossa capacidade cerebral, sofremos horrores para recuperar apenas um sentido lógico o mais rápido possível! A dor é do tamanho do esforço de se querer recolher a explosão de um daqueles fogos de artifício. No caso de nossa energia emocional humana ela explode no céu de nossa espiritualidade. Se não há espiritualidade desenvolvida não há como compreender essa outra dimensão onde habitam e transitam as emoções. A realidade concreta, palpável, dialoga com o sentido lógico de nossa mente num entendimento perfeito. Mas a realidade emocional só se vê perfeitamente compreendida dentro da realidade espiritual.
A nova consciência humana deve abarcar as quatro pontas dessa cruz. Somos reais (físicos), racionais (mentais), sentimentais (emocionais) e espirituais (imaginativos). Ao nos permitirmos fazer uso de  todos esses atributos humanos estaremos finalmente nos despregando da cruz, ascendendo a consciência e olhando de uma perspectiva para além dos 10% a que estamos acostumados. A espiritualidade é uma habilidade humana e seu desenvolvimento só esteve entregue à responsabilidade de crenças, dogmas, filosofias ou religiões por falta de uma linguagem! Por falta de um alfabeto emocional que conseguisse traduzir nossas emoções pessoais e circunstanciais sobre um pano de fundo que não fosse a lógica.  Acho que Jesus deixou um recado mais ou menos assim quando foi crucificado por defender uma verdade que só ele, sem ONG, sem partido, sem poder, defendia. E mesmo crucificado ascendeu da cruz para a vida eterna. Hum, discurso religioso? Não e sim. Comece a perder a lógica, por favor. Discurso de religação à uma realidade espiritual, individual, pessoal e intransferível que se torna coletiva quando torcemos por um time, por uma nação com a mesma emoção! Olha a emoção aí! Curando uma semana ruim de trabalho num grito gol, juntos, à uma só e gigantesca voz, puramente emocional! Tremenda descarga energética que cura qualquer estresse.
Uma torcida de futebol é uma expressão emocional sobre um pano de fundo espiritual. O que é um time? É um pedaço de pano com algumas cores misturadas?! O que é uma escola de samba? Um estandarte? O time é um pedaço de pano com algumas cores misturadas sim mas com uma magia, com uma energia, com uma espiritualidade, que quem faz patuá sabe do que estou falando. E um estandarte de escola de samba? Quanta energia, quanta emoção. Taí o cabo vertical da cruz que põe qualquer um em pé! Espiritualidade é uma habilidade humana cuja manifestação básica, primeva, se dá através da nossa capacidade de imaginar. Emocionar-se também é uma habilidade humana. E, somente através do uso de todas as nossas habilidades humanas e desenvolvendo novas linguagens é que expandiremos nossa consciência para além dos 10% básico que usamos até agora! Você pode começar a fazer isso sozinho. Inicie desafiando tudo o que é óbvio para você. Um abraço carinhoso e fraterno.
Cláudia de Luca
Professora, Psicóloga, Criadora do Método de Meditação para a Expansão da Consciência.
agora! Você pode começar a fazer isso sozinho. Inicie desafiando tudo o que é óbvio para você. Um abraço carinhoso e fraterno.
Cláudia de Luca
Professora, Psicóloga, Criadora do Método de Meditação para a Expansão da Consciência.

Nenhum comentário: